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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O Reino de Preste João





O Atlas desenhado em 1558 pelo cartógrafo português Diogo Homem representa o Preste João governando o seu reino . Durante séculos aventureiros procuraram em vão esta terra de leite e mel

                                      ✴✴✴

No começo do século XX, missionários portugueses estabelecidos no reino da Etiópia, descobriram antigas bandeiras e espadas cristãs, transmitidas de geração para geração, juntamente com a lenda de terem pertencido um dia a um soberano cristão de aparência divina

Terá sido esse rei o lendário Preste João? Durante séculos, persistiram as histórias que consignavam a existência de um rei-sacerdote, fabulosamente rico e da sua misteriosa terra situada no Oriente, onde reinavam a paz e a justiça e que desconheciam o vício e a pobreza.

Era também, uma terra de maravilhas. Na Idade Média, um viajante escreveu: «Nesta região, não crescem ervas venenosas nem se ouve o coaxar ruidoso das rãs, nem a serpente desliza por entre a erva alta».

Chegar até esse reino supunha uma viagem verdadeiramente apavorante. No deserto viviam selvagens de «aspecto temível: usam chifres não falam, e apenas grunhem, como porcos». Em outras regiões havia pigmeus , gigantes e, finalmente uma raça aterrorizante «que se alimenta de carne humana e de crias prematuras e que não nutre qualquer receio pela morte».
«Quando algum destes homens morre, os seus amigos e parentes devoram-no sofregamente, pois consideram seu dever principal, mastigar carne humana.

O Palácio de Preste João era de cristal, e revestido de pedras preciosas. Um espelho mágico avisava-o de qualquer conspiração eminente.

A fonte da Juventude
O rei dormia num leito de safiras. Os seus trajes eram feitos de lã e salamandras e purificados ao fogo .
Os seus guerreiros cavalgavam através dos ares, sobre dragões selados percorrendo os céus. A fonte da juventude era acessível a todos, e o próprio rei contava 562 anos.

O Preste João - cujo primeiro nome significava sacerdote - era considerado o chefe dos Nestorianos, uma primitiva seita cristã e descendente de um dos três Reis Magos.
Segundo parece, um dos primeiros relatos sobre este monarca foram divulgados no ano de 1145 pelo bispo Hugo de Gebel (no actual Líbano). Os cristãos nestorianos, participavam nas lutas vitoriosas do conquistador mongol Yeh-Lu Tah-shi, e o próprio bispo poderá ter confundido deliberadamente as narrativas, com a intenção premeditada de fazer crer que os conquistadores professavam a religião cristã.

Posteriormente no ano de 1165 circulou pelas várias cortes da Europa, uma carta falsificada, da qual existem ainda várias cópias, uma no Museu Britãnico e supostamente escrita pelo próprio Prestes João e dirigida ao Imperador bisantino Manuel, refere-se àquele senhor da India e «rei dos reis».
Em 1177 O Papa Alexandre III a «João o ilustre e magnificente e rei das Indias». na qual autorizava o monarca a construir um santuário em Roma procedendo assim à unificação da Igreja Cristã.

A lenda foi obliterada em 1221, ano em que um ilustre prelado  - O Bispo de Acre - informou Roma de que o rei David da India , (provávelmente o conquistador tártaro Genghis Khan ) era supostamente um neto do famoso Prestes João.

As histórias sobre o célebre monarca reviveram com tal intensidade que famosos viajantes como Monte Corvino e Marco Polo, tentaram embora sem alcançarem qualquer  êxito, encontrar o reino do Prestes João.
Na segunda metade do século XIV a atenção concentrou-se na Abissínia, a actual Etiópia, na qual se cria que Preste João era o rei cristão.

Alguns eruditos modernos ventilaram a hipótese de João ser apenas uma alteração fonética de Zan  titulo real na Etiópia  e país, cristão desde o século IV, fundada no ano de 1270, e assim sendo um descendente directo do rei Salomão e da raínha do Sabá.

...mas que linhagem, ...

... e como conquistadores que fomos, o reino de Preste  João, também fez parte dos nossos sonhos dourados:

Em 1442 o Infante D. Henrique encarregou   (*)Antão Gonçalves de procurar nas costas do Rio do Ouro, na Mauritânia, notícias “das Índias e da terra do Preste João”. E o cronista comenta que o Infante pensava que “talvez agora a providência lhe deparasse nas remotas regiões algum rei cristão de crenças vivas e ânimo esforçado, que o pudesse auxiliar na guerra aos inimigos da fé”.

(*) Antão Gonçalves foi um navegador e descobridor português do século XV e o primeiro europeu a comprar Africanos nativos para os vender  como escravos


sábado, 24 de novembro de 2018

A lenda dos cogumelos venenosos


Há muito, muito tempo. num país distante, havia um pequeno bosque repleto de inebriantes tons de verdes e castanhos. Conta-se que este bosque era habitado por duendes que cuidavam dele como se fosse um jardim, e por isso crescia uma vegetação abundante e no solo os mais belos e saborosos cogumelos jamais vistos. Todos os anos, pela Primavera, vinham habitantes de outras terras em romaria só para ver e comprar tão exuberantes cogumelos.




Talvez por ser um lugar mágico, os jovens habitantes daquela aldeia escolhiam os troncos das suas árvores para fazerem juras de amor. Muitos eram os casais de namorados que se encontravam à noite às escondidas, por entre as folhagens dos arbustos e as grossas raízes que rompiam a superfície, e trocavam carícias e beijos proíbidos

Conta-se que uma noite uma jovem apaixonada seguiu o seu amado pela escuridão, calcorreando caminhos de pedras e terra batida apenas acompanhada por uma lua tímida. Perdida, e sem encontar o seu amado, a jovem sentou-se à beira de um pinheiro alto para descansar. Foi nesse momento que ouviu, não muito longe, risos e susurros. Levantou-se devagar, escondendo-se por detrás das ramagens de uma giesta, e viu destroçada o seu amado segurando com os braços outra rapariga da aldeia. A jovem ficou a vê-los enlaçados sobre uma cama de folhas amarrotadas e, quando abandonaram o local abraçados, o seu amado arrancou um cogumelo vermelho do chão e colou-o no decote do peito da  amada


Diz-se que a jovem chorou a noite inteira e as suas lágrimas invadiram o solo verdejante onde brotavam os cogumelos coloridos. A tristeza da jovem sensibilizou a natureza e nesse dia o sol não raiou. Uma penumbra apoderou-se do céu e todos cogumelos perderam a cor. Conta-se que depois daquele estranho dia em que o sol não nasceu e os cogumelos mudaram de cor, as pessoas que comeram aqueles cogumelos morreram envenenadas.

Lendas de Portugal

sábado, 16 de dezembro de 2017

O milagre das Rosas

Era uma tarde
 De vento agreste e de inclementes chuvas.
À porta do palácio, a multidão
De aleijadinhos, orfãos e viúvas,
Mal coberta de andrajos, a tremer,
Pedia pão...

«Que havia de, entretanto acontecer?
Vinha Isabel com uma abada de ouro,
Um deslumbrante e autêntico tesouro,
E ia já dá-lo aos pobrezinhos, quando
 El-Rei lhe tolhe o passo...
- Que trazeis vós senhora  no regaço? -
Pergunta D. Dinis. Ela corando,
responde-lhe - São rosas meu senhor...
- Rosas no Inverno ? Não será engano? ...
- É que estas rosas são de todo o ano -
Diz a raínha então
- São rosas de piedade e de perdão ,
Rosas de luz
Rosas de amor,
Duma roseira que plantou Jesus ...-
E desdobrando o seu brial de seda,
mostrou-lhas a sorrir ...

Cada moeda
Se transformara por milagre em flor ...
E frescas, orvalhadas e viçosas,
aos pés de el-rei cai um montão de rosas...

Pelo ar derramou-se um tal aroma
Tão doce e tão fragrante,
Como se alguém tivera nesse instante
Quebrado uma redoma
de bálsamos celestes...

Cândido Guerreiro  (século XIX XX )
Escritor português nascido em 1871 em Alte no Algarve e faleceu em 1953

Imagem da Raínha Santa- Capela Nossa Senhora dos Anjos Dos Padres Franciscanos
Rua dos Bragas -Cedofeita Porto

terça-feira, 11 de abril de 2017

Carnac

Se Glastonbury é a capital mística de Inglaterra,  então a Bretanha (e particularmente o distrito de Carnac) é certamente a capital mágica de França) Não é por acaso que possui uma das mais importantes colecções de megalitos  com filas e filas de menhires alinhados avançando pelos campos ao longo de kilómetros.

Segundo uma lenda, estas pedras foram erguidas quando o santo cristão Cornélio, era perseguido por um exército de pagãos, e chegou à praia  não podendo  prosseguir. Em desespero pediu a Deus que transformasse os seus perseguidores em pedras, o que Deus fêz.
São Cornélio, fugiu então num carro de bois.

Na verdade os megalitos são anteriores ao cristianismo, cerca de  2.000 anos . Arqueólogos ortodoxos consideram que o local  é um grande cemitério que inclui túmulos, tumbas e circulos de pedra, e  que os alinhamentos iniciados em Inglaterra, parecem continuar em Carnac. e tal como em Glastonbury, o  alinhamento é igual  entre  pedras.

sábado, 1 de abril de 2017

A força está na essência ... A vitória está na paz

 Muitos séculos antes da nossa era  um egipcio a quem os gregos chamaram Hermes Trimegisto - que significa  três vezes mestre, (astrologia, alquimia e cálculo) e de cujo nome deriva a palavra hermético - escreveu que as plantas além de vida, tinham alma.
Na verdade este precursor da magia que viveu na época dos faraós, deu a entender que as plantas, por serem vivas, possuiam energia, que poderia ser positiva ou negativa .
Isso faz-nos lembrar a existência de uma gama de forças, não necessáriamente boas ou más, apenas diferentes entre si que ajudam em algumas ocasiões a suprir algumas das nossas deficiências.
 O louro por exemplo Foi sempre um símbolo de paz, glória e brilho.
Contam que a esposa do Imperador Augusto, Lívia Drusilla estava distraídamente sentada, quando uma águia deixou cair sobre o seu colo uma pomba branca que trazia no bico um ramo de louro com muitos frutinhos.
Esta pomba que havia sido enviada por Júpiter, foi considerada um emblema  de paz e as sementes do louro, foram plantadas nas margens do rio Tibre, na casa de campo dos Césares.
Muito tempo depois o lugar transformou-se num aprazível bosque onde os nobres e imperadores romanos iam em busca de descanso, sossego e tranquilidade .


                  A força está na essência ... A vitória está na paz...  é essa a simbologia do  louro...!
                                 
                                                                                                  





quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Porque tem Fevereiro 28 dias




No século VI a.C., nos finais e queda do seu império os romanos adotaram um calendário baseado nas mudanças de fase da Lua, com 355 dias distribuídos em 12 meses. O ano começava em março e terminava em janeiro, sendo que os meses tinham 29 ou 30 dias. Fevereiro, o décimo-primeiro mês, era considerado de mau agouro e ficou com apenas 28 dias. Mas, durante o Império, em 46 a.C., sob o governo de Júlio César, houve uma mudança significativa: o calendário passou a basear-se no ciclo solar. Os meses, então, mudaram todos para 30 ou 31 dias, somando 365 no período de um ano. Nesse mesmo período, foi instituído o ano bissexto - mudança inspirada no calendário dos egípcios , com um dia adicional a cada quatro anos.


Em 44 a.C., no segundo ano de vigência do calendário juliano, o Senado decidiu homenagear o imperador e propôs que o mês Quintilis, com 31 dias, se passasse a chamar Julius (julho). Três décadas depois, em 8 a.C., o nome do oitavo mês, Sextilis, foi mudado para Augustus (agosto), em honra do então imperador César Augusto. Como um César não podia ter mais dias que o outro, agosto - que tinha originalmente 30 dias - ganhou mais um, retirado de fevereiro, que ficou com 28. Para manter o critério de alternância do calendário instituído por Júlio César, setembro passou para 30 dias e assim sucessivamente. Mais tarde, já no século XVI, o papa Gregório XIII inaugurou um novo calendário, corrigindo algumas distorções do sistema romano. Mas o calendário gregoriano, adotado até hoje pelo mundo cristão ocidental, não mexeu no número de dias de fevereiro.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A lenda dos Sete Ais


Palácio da Pena
Muitas são as teorias acerca do nome Seteais mas é na memória popular que encontramos a mais romântica

Corria o ano de 1147 quando D. Afonso Henriques partiu à conquista de Lisboa.
Sintra rende-se sem oferecer resistência, pois ficava isolada do esto do mundo árabe como uma ilha num mar cristão.

Um dos primeiros cavaleiros a subir a serra de Xentra (hoje em dia serra Sintra) é D. Mendo de Paiva, cavaleiro de D. Afonso Henriques, que na confusão do assalto  se encontra junto a uma porta secreta por onde fugiam os mouros da povoação.




Entre eles avista uma moura linda, acompanhada pela velha aia, e logo se encanta por ela.
Ao dar com os olhos nele e ao perceber que fora descoberta, a bela moura solta um suspiro.causando grande preocupação à aia que lhe pede para não voltar a suspirar.
D. Mendo sai detrás da moita e faz a moira prisioneira, e esta suspira novamente de medo e comoção.
A ama ainda mais aflita diz ao cavaleiro que a rapariga, carrega desde o berço uma maldição, e ela dá o terceiro ai. Uma feiticeira invejosa rogara-lhe uma praga, agoirando-a no dia em que desse sete ais, e ela já dera três.


D. Mendo dá uma gargalhada, pois não acredita nessas coisas, e ela dá outro ai. Para acalmar a aia diz que fica com a guarda das duas, pois quer a jovem para si. A moura suspira outra vez e a aia fica desesperada.

O cavaleiro afasta-se para ir buscar uma escolta, mas um grupo de mouros que ouvira a conversa, aproxima-se e rapta as duas mulheres. Com um golpe de adaga, cortam a cabeça da velha, e a jovem solta outro ai. Era o sexto e logo deu o sétimo quando viu a adaga virar-se para ela.
 D. Mendo regressa ao local, pouco depois apenas para descobrir, que afinal se cumprira a maldição.

Desgostoso, chamou àquele canto de Sintra, Seteais.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O paraíso dos Bosquímanos (II)




 Os Bosquímanos, indígenas primitivos que habitam as orlas do deserto do Calaári, na África do Sul, um povo pobre, segundo os padrões de vida mundiais, conhecem segundo a lenda, um oásis secreto oculto entre as dunas escaldantes deste deserto, cujo solo está juncado de um número imenso de enormes diamantes.
Conta-se que apenas um homem branco, um soldado que se perdeu da sua patrulha, no deserto, foi dado contemplar esse fabuloso, oásis.




Capturado e conduzido ao local pelos Bosquímanos, o soldado conseguiu fugir e obter fundos que lhe permitiriam financiar uma expedição que faria a sua fortuna.


Foi encontrado morto, semanas mais tarde, com o coração trespassado por uma seta de bosquímano.
Na sua algibeira encontravam-se um mapa assinalando o caminho para o local onde se ocultava o tesouro e vários diamantes em bruto. Ninguém ainda conseguiu decifrar o mapa, pelo que o oásis diamantífero continua à espera de ser descoberto
















domingo, 17 de janeiro de 2016

Rosas Santas

Raínha Santa:


Em terras de Portugal, uma princesa reinava,
A quem o povo leal, luz dos seus olhos chamava.


À vista só do seu manto, por onde quer que passasse,
 corava a todos a face,
secava a todos o pranto.


Ora uma vez que a princesa, por minha ponte seguia,
 como eu, num fio morria, doeu-lhe a minha pobreza.


E logo seu manto abriu, donde tombaram mãos cheias de rosas,
com que cobriu estas enxutas areias.


E quando a noite chegou, temendo vê-las murchar,
a Lua, mal despontou, pôs-se a chorar, a chorar,


que a chuva que entáo choveu, da Lua vinha por certo,
pois nuvens, não as vi eu, e o céu,
era um céu aberto..


E minhas águas cresceram, e minhas águas levaram,
rosas, que os campos encheram, rosas que o mar perfumaram.


Manuel da Silva Gaio (Versos escolhidos (século XX)

Livro do 1º ano do liceu 1952

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Ramon Lull e o elixir da vida



Ramon Lull ( o nome é muitas vezes anglicizado para Raymond Lulley) e considerado umas das figuras importantes do Ocultismo
Foi um  importante escritor, filósofo, poeta, missionário e teólogo da língua catalã. Foi também um prolífico autor em árabe e latim, bem como em langue d'oc. Mas não é sobre essas suas qualidades literárias que vou escrever .

 Segundo reza a historia, quando era jovem e cavaleiro, apaixonou-se por uma mulher casada.

Quando ela tentou afastá-lo, sugerindo gentilmente que a sua paixão era tão grande que seria necessária uma eternidade para a conter, Ramon passou a dedicar a sua vida e os 30 anos seguintes à alquimia, em busca do «elixir da vida».


A lenda diz que Lull, encontrou a poção mágica, e bebeu-a tornando-se imortal. Mas quando procurou a sua amada para partilhar o elixir com ela, ela revelou-lhe que estava a morrer de uma doença incurável e que só a morte lhe traria consolação.
Nessa altura Lull, cheio de dor, converteu-se ao cristianismo, e vagueou pelo mundo provocando deliberadamente a fé islãmica na esperança de que o matassem.
Muitos tentaram. Mas Lull protegido pelo elixir sobrevivia sempre. Por fim, quando já era muito velho e com uma grande reputação como evangelista, Lull, foi apedrejado  até à morte, depois do Senhor se ter apiedado dele.


O martirio de Ramon Lull:


A realidade da vida de Lull, é mais dificil de descobrir
Nasceu em 1235 em Maiorca e morreu em 1315.
Segundo se sabe foi  *Senescal em Maiorca num determinado periodo da sua vida possivelmente praticando a alquimia .
Os seus trabalhos alquimicos foram popularizados por  Sir George Ripley, que afirmou neles que Lull, transformou grandes quantidades de mercurio, estanho e chumbo, em ouro, para Eduardo III. de Inglaterra.

* Um senescal era um oficial das casas nobres durante a Idade Média .
 Aos senescais eram atribuídas responsabilidades adicionais como administração da justiça e altos comandos militares.
O termo é provavelmente de origem gótica

 Ramon Lull, é beato da Igreja Católica





























quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Hortelã e a Joaninha sem pintas





É a erva da amizade e do amor, o símbolo da hospitalidade.

.Diz a lenda  que Zeus e Hermes nas suas andanças pela Terra, foram acolhidos na casa de um casal de pobres anciões, que encheram a mesa com hortelãs para melhor os receber.
 Os deuses reconhecidos  transformaram o pobre casebre num palácio.

Outra lenda dá conta que Sherazade, a personagem das Mil e uma noites lia  ao sultão os seus contos acompanhando com   cházinhos de hortelã. 


É utilizada  em culinária, como aromatizante ou tempero. Por vezes, É simplesmente cultivada como planta ornamental.
É uma das plantas mais usadas do mundo

É também utilizada como planta medicinal, estando inscrita nas farmacologia de muitos países da Europa. De entre as inúmeras virtudes citadas, podem destacar-se: estimulante estomacal. Usado para problemas digestivos, flatulências, dispepsias nervosas, empregado nas palpitações e tremores nervosos, vómitos, cólicas uterinas, útil nos catarros bronquicos facilitando a expectoração. O chá feito de hortelã também é usado como calmante.


Foto: Paranhos Porto

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A culpa do Azevinho



O azevinho, uma planta sagrada dos Druídas, era suspenso no exterior das casas  dos Vikings como um sinal de paz e boas-vindas aos estrangeiros.


Mas para os primeiros cristãos, segundo os quais Cristo fora crucificado numa cruz de madeira de azevinho, o peso da culpa fizera murchar a planta, que, não sendo utilizada na decoração de igrejas, se manteve, contudo como o emblema por excelência da época natalícia.


O hábito de as pessoas se beijarem debaixo do azevinho parece estar confinado ao mundo da língua inglesa, já que não se encontram vestigios dele, noutros países.
Mesmo em tempos relativamente modernos o Natal suscitou controvérsias por englobar elementos sagrados e profanos.


 Sob o regime puritano inglês do século XVII foi atacado devido ás suas associações, com o paganismo, e os soldados de Cromwell receberam ordens de arrancar as decorações da quadra.


A proibição estendeu-se à  América, onde vigorou até 1836  altura em que os rigoristas, dos Pilgrim Fatherts (os puritanos ingleses que haviam fundado a colónia de Plymouth no ano de 1620 ) finalmente lograram vencer a sua intransigência e proclamaram o 25 de Dezembro, feriado nacional.
Tal como o Natal, também a Páscoa foi retirada pelos primeiros cristãos do calendário pagão.


Escolheu-se o Festival da Primavera, de Eostre, a deusa da Aurora que se celebrava perto do equinócio da Primavera - a data em que o dia e a noite têm a mesma duração.

Foto: -Paranhos Porto

Quem é o homem da lua







Ao longo dos tempos, as crianças do mundo ocidental interpretaram as manchas visíveis na superficie da Lua como sendo o rosto de um homem, a que chamaram ingénuamente o Homem da Lua.

Um conto alemão identifica este personagem, com um velho que ofendeu Deus por cortar lenha a um domingo, dia  santificado, e foi condenado a prisão perpétua na Lua.

Segundo outra versão, é um ladrão de couves, roubadas na noite de Natal, que todos os anos se volta e mostra ao Mundo o seu molho de couves.

Uma história puritana, afirma que o homem sofre o castigo em que incorreu, por ter revestido de espinhos e sarças o caminho para a igreja, com intenção de o bloquear.

Um dos numerosos castigos que a tradição inflingiu a Judas Iscariotes, foi o de ficar preso na Lua.


Para os Masai, do Quénia, as manchas da Lua representam um rosto de mulher de lábios inchados e deprovido de um olho, lesões sofridas em consequência de uma discussão com o marido, o Sol.

As interpretações chinesas, são menos violentas. Identificam o homem da Lua com um sapo, um coelho comendo arroz, ou um ancião que liga com um cordão de seda, casais de marido e mulher

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

SAKURA a cerejeira japonesa










SAKURA a cerejeira japonesa
Diz a lenda que SAKURA é o nome  da princesa KONOHANA SAKUYA HIME que teria caído do céu nas proximidades do Monte Fuji e se teria  transformado nesta bela flor. Acredita-se também ter origem na cultura de arroz. KURA significa depósito onde se guardava arroz, alimento básico dos japoneses considerado dádiva divina.

Poemas inconjuros

  A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...