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segunda-feira, 14 de junho de 2021

A pedra filosofal

Na teoria alquimista a Pedra Filosofal era a substância do qual derivavam todos os metais e consequentemente poderia ser usada para transformar o chumbo ou qualquer outro metal, em ouro.


Muitos alquimistas dedicaram a vida à procura de exemplos físicos da substância, mas quando isso se provou ser ilusório surgiu a teoria de que a substância era não-material, talvez até espiritual na essência, e que só podia ser reconhecida por iniciados. A alquimia árabe, uma forma avançada deste conhecimento. pode de facto ter descoberto a pedra não-material na forma de electricidade, como sugere a descoberta no Iraque em 1936 de artefactos mais tarde identificados como cerâmica além de baterias de cobre datando no período (248 a.C.- 226 d.C.)



Experiências feitas nos Estados Unidos, utilizando reconstruções das baterias, mostraram que cada uma deles era capaz de produzir uma corrente electrica de 0,5 durante 18 dias com possibilidade de uma maior voltagem, se as baterias fossem ligadas em série. Era mais do que suficiente para a prática da galvanoplastia que deve ter estado na base de histórias de velhos alquimistas, transformando metais sem valor, em réplicas fiéis de ouro e prata.alegria:



sexta-feira, 26 de abril de 2019

Escolha o seu veneno


Gustavo III da Suécia considerava o café um veneno.
Para demonstrar a sua teoria, condenou um assassino a beber café todos os dias até morrer. 
A fim de estabelecer uma comparação, outro assassino foi perdoado, sob a condição de beber chá diariamente. 

Foram nomeados 2 médicos para supervisionarem a experiência e verificarem quem morreria primeiro.
Porém, os primeiros a morrer, foram os médicos . Seguiu-se o rei assassinado em 1792 .
 E decorridos muitos anos um dos criminosos, morreu aos 83 anos, Tratava-se do bebedor de chá.

Os resultados da experiência foram abandonados e assim se desconhece  quando morreu o bebedor de café.
                                                                         
A  proibição de beber café foi restabelecida na Suécia, primeiro em 1794 e mais tarde em 1822.

                                                                          ***
Moral da história,  morrer morres sempre de uma maneira ou de outra. Nos intervalos  aproveita a vida.
E Viva o café!!!

domingo, 16 de abril de 2017

O Rei Pescador e o Graal







Embora o Santo Graal esteja identificado como a taça usada por Jesus Cristo  na Última Ceia  há indicações claras que os mitos e lendas  que rodeiam o vaso místico são substancialmente mais antigas   que o advento do próprio Cristo.


Basicamente a lenda do Graal fala-nos de um cavaleiro que viaja por uma região deserta até que encontra um castelo magnífico mas sinistro. Ao entrar no edifício depara com o seu proprietário o misterioso Rex Piscator ou o « Rei  Pescador», um monarca  aleijado e ferido que o convida para um sumptuoso banquete.


O Cálice da Última Ceia é guardado num castelo cujo rei sofre, continuamente, por causa de seus ferimentos. Suas feridas nunca cicatrizam e o fazem sofrer constantemente. O Rei Pescador habita o castelo que guarda o Graal, porém não pode tocá-lo e, nem ser curado por ele.:

O cavaleiro aceita e durante o festim vê serem trazidos em procissão uma espada mágica, uma lança manchada de sangue  e, finalmente o Graal.


O cavaleiro é então desafiado a fazer uma pergunta. Se fizer a pergunta certa, o Rei Pescador fica curado  e a fertilidade é restituída à terra deserta . Caso contrário continuam as calamidades.


Várias formas desta história  estão incorporadas no ciclo de mitos da lenda arturiana e são relatadas pelos mais antigos e (mesmo alguns modernos) historiadores que acreditam que o Santo Graal foi levado da Palestina para a Inglaterra por José de Arimateia  e escondido em  Glastonbury, ou nas proximidades.





Mas existe uma oposição nisto que é o Graal do Rei Pescador nem sempre ser descrito como uma taça .

Aparece algumas vezes como um prato, um cibório, uma pedra ou mesmo um caldeirão.


A análise moderna da história sugere laços  não com a Última Ceia mas com a mitologia celta pré-cristã que nos fala de muitos acontecimentos semelhantes e de vasos também similares alguns dos quais conferiam imortalidade ou ressuscitavam os mortos.

O Rei Pescador é equacionado não com Cristo (que disse aos discípulos que os ia transformar em “ pescadores de homens”) mas com Bran o «Abençoado » que aparece no Mabinogion. (**)



Os eruditos acreditam que o mito reflete a crença muito antiga de que a fertilidade de uma terra depende da força do comportamento e em particular da poteência sexual do seu senhor  Várias versões da lenda indicam que os ferimentos do Rei Pescador eram nos órgãos genitais.


Seja qual for a origem da lenda , há poucas dúvidas de que a importãncia real do Santo Graal é o seu poder mítico, o que quer dizer a sua capacidade de fascinar a mente humana, e como um caminho do trabalho destinado a levar à iluminação.



(*)Bran, o Abençoado (Bran The Blessed).


Bran é um dos sobreviventes de um grande combate entre ingleses e irlandeses no qual os nativos de Eire usam soldados mortos que, depois de jogados em um caldeirão mágico, se transformavam em guerreiros mortos-vivos. Bran é morto, porém a sua cabeça cortada continua viva, falando e banqueteando-se com os companheiros em uma bandeja de prata.
The Mabinogion (Welsh Book); Translated by Gwyn & Thomas Jones; Illustrated by Alan Lee:


(**) MABINOGION é uma colecção rara de 11 contos medievais escritos em galês no século XI e contém uma profusão de elementos tirados dos mitos pré-cristãos, da Inglaterra celta. Os contos, que ainda hoje mantêm o seu fascínio, contêm alguns dos mais antigos materiais relacionados com a Lenda Arturiana que chegaram aos nossos tempos.



domingo, 30 de outubro de 2016

A véspera do dia de todos os santos






À semelhança do que acontece no Natal e na Páscoa, também os festejos da véspera do Dia de Todos os Santos, têm origem numa celebração pagã, apesar de o seu nome derivar de uma festa da liturgia cristã.

Esta festa introduzida no século VII para comemorar todos os santos e mártires que não eram celebrados em nenhum dia particular, realizava-se no dia 13 de Maio 
 No século VIII porém, o Dia de Todos os Santos, passou a ser celebrado a 1 de Novembro e aboliu a festividade pagã festejada nessa data.

O dia 31 de Outubro, véspera de 1 de Novembro, a última noite do ano no antigo calendário celta, era celebrado como o final do verão e da sua fertilidade. Era um festival que os celtas do norte da Europa celebravam acendendo grandes fogueiras para
auxiliarem o Sol durante o Inverno .



O Inverno que evocava  também a frialdade e a escuridão da sepultura, era a altura em que os fantasmas deambulavam, e os espiritos sobrenaturais, bruxos e feiticeiras realizavam as suas festas.
Só a partir do final do século XVIII  a véspera do Dia de Todos os Santos se transformou, em alguns países, num dia de diversão para as crianças, celebrado com trajes de fantasia, lanternas e jogos.


Anteriormente era considerada como  uma noite de medo, durante a qual os homens sensatos, respeitando os duendes e os demónios errantes, se conservavam em casa.

Nos séculos XVII e XVIII, no entanto, os mascarados,  - pessoas com máscaras misteriosas e trajes de fantasia - andavam habitualmente de casa em casa, cantando e dançando, para afastar o mal, ou como representando os fantasmas e demónios da noite.

Partida ou tratamento

Este hábito sobrevive ainda em muitas partes do mundo como uma mascarada para crianças.
Na América do Norte, estas andam de porta em porta em traje de fantasia num ritual conhecido como trick on treat (partida ou tratamento)

Levam habitualmente um saco ou uma fronha de almofada e ameaçam pregar uma partida aos donos da casa  se não receberem o «tratamento»  na forma de doces ou bolachas .

A lanterna da véspera de Todos os Santos, feita de uma abóbora.menina a que é retirado o miolo, é uma reminiscência dos dias em que eram realizadas  ofertas de alimentos aos espiritos dos mortos.


  
 (ツ)  (ツ)                     



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Um perfume de violetas




Empenhado em subjugar os ferozes Zulus, o exército inglês invadiu a Zululândia  (Reino Zulu) em 1879. A campanha começou mal, com o aniquilamento completo de uma coluna britãnica em Isandhlwana.


Como reforço foram rápidamente  enviadas tropas de Inglaterra, nas quais seguiu incorporado o príncipe imperial de França filho único do exilado Napoleão III  e da antiga imperatriz Eugénia.

O jovem príncipe estritamente proíbido de correr riscos desnecessários, foi autorizado a incorporar-se numa coluna de vanguarda.


 
Ao cair numa emboscada armada pelos Zulus, o cavalo do príncipe encabritou-se e arremessou-o ao chão. Os Zulos aproximaram-se com as lanças em riste, e mataram o príncipe e os dois oficiais que o acompanhavam. 

No dia seguinte os três foram sepultados juntos.

Um ano depois a raínha Vitória autorizou Eugénia a visitar a Zululãndia  (Reino Zulu) e a recuperar o corpo do filho.

A erva e os arbustos que cobriam o monte de pedras que assinalava a sepultura dificultavam a sua localização . De repente Eugénia exclamou: «Cheira-me a violetas - foram sempre a sua flor preferida». E correu sem qualquer hesitação até um determinado ponto, descobrindo de facto a sepultura do filho.

Teria a imperatriz sido guiada pelo além túmulo?

       
                                                                  
                                       
Filho do Imperador Napoleão lll e da Imperatriz Eugénia de Montijo de origem espanhola, Napoleão Eugénio Luís João José Bonaparte, foi príncipe imperial de França sendo o herdeiro do trono, até 1871, quando foi proclamada a República .
De muito boa aparência e de  esmerada educação foi no seu tempo assediado por vários monarcas europeus  que desejavam negociar casamentos para as suas filhas.

Nasceu em Paris em 1856 e morreu na África do Sul, em 1879 .



Dizia-se que o príncipe estaria sentimentalmente unido à princesa Beatriz do Reino Unido o que explicaria a participação dele nas batalhas que os ingleses travavam nas suas colónias

                                                          


                                                                       ¸.•*¨✿         





segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Merlin

Merlin:


Arquétipo mágico britãnico, que outrora se pensava ter sido druída, mas que agora nos aparece mais, como uma criatura de ficção, embora com alguma base em factos.
Se de facto existiu um Merlin, parece ter sido um vidente bardo do século VI chamado Myrddin, que vivia na fronteira galesa de Cymric perto de Solway Firth.
Não é impossivel que o histórico Myrddin e o lendário Artur se tenham encontrado  no seu tempo,e  a acontecer efectivamente Merlin seria uma criança e Artur um ancião .
O mítico Merlin contudo combinando-se as duas tradições galesas, criadas primeiro, por Geofrey de Montmouth e embelezadas mais tarde por outros autores apresenta imagens diferentes.
Na sua forma mais desenvolvida a lenda descreve o nascimento de Merlin como resultante das forças do Inferno tentando realizar a concepção de uma criança satânica..
Possivelmente algo correu mal, e a mãe escolhida deu à luz um menino maravilhoso e um tanto ambíguo que insistiu em seguir o seu próprio caminho.
Enquanto recusava servir a Satã, o rapaz reteve poderes místicos substanciais, e ainda em criança era dado a profecias.
Com cinco anos de idade visitou a corte do rei Vortigern, e previu uma batalha entre os dragões vermelhos e brancos que levaria à morte do rei.
Anos mais tarde, usou a sua magia, para, a pedido do rei Aurélio, transportar a Dança dos Gigantes, (Stonhenge)

da Irlanda para a sua localização actual, na planície de Salisburia.

 Ajudou o rei seguinte Uther Pendragon na transformação da sua aparência  na do marido de Lady Igerna, e dessa maneira a seduziu e como resultado o nascimento de Artur.

Merlin desempenhou um papel importante na educação do jovem, Artur. Foi ele que providenciou para que tivesse a espada Excalibur, que Artur arrancou de uma pedra para fazer valer o seu direito ao trono.
Anos mais tarde, foi Merlin quem sugeriu que Artur usasse uma mesa de reuniões, redonda para que  os cavaleiros  não lutassem entre si por uma posição mais importante e foram os poderes proféticos de Merlin que ajudaram Artur a fundar o seu reino.


Por fim Merlin, acabou por encontrar a sua companheira mágica na feiticeira Nimué  a (arquetípica Vivian La Fey) pela qual se apaixonou.

Ela venceu-o aparentemente com a ajuda de um dos seus feitiços e prendeu-o numa caverna, onde imortal, definha até hoje!



Desenhos de Gustave Doré


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Ramon Lull e o elixir da vida



Ramon Lull ( o nome é muitas vezes anglicizado para Raymond Lulley) e considerado umas das figuras importantes do Ocultismo
Foi um  importante escritor, filósofo, poeta, missionário e teólogo da língua catalã. Foi também um prolífico autor em árabe e latim, bem como em langue d'oc. Mas não é sobre essas suas qualidades literárias que vou escrever .

 Segundo reza a historia, quando era jovem e cavaleiro, apaixonou-se por uma mulher casada.

Quando ela tentou afastá-lo, sugerindo gentilmente que a sua paixão era tão grande que seria necessária uma eternidade para a conter, Ramon passou a dedicar a sua vida e os 30 anos seguintes à alquimia, em busca do «elixir da vida».


A lenda diz que Lull, encontrou a poção mágica, e bebeu-a tornando-se imortal. Mas quando procurou a sua amada para partilhar o elixir com ela, ela revelou-lhe que estava a morrer de uma doença incurável e que só a morte lhe traria consolação.
Nessa altura Lull, cheio de dor, converteu-se ao cristianismo, e vagueou pelo mundo provocando deliberadamente a fé islãmica na esperança de que o matassem.
Muitos tentaram. Mas Lull protegido pelo elixir sobrevivia sempre. Por fim, quando já era muito velho e com uma grande reputação como evangelista, Lull, foi apedrejado  até à morte, depois do Senhor se ter apiedado dele.


O martirio de Ramon Lull:


A realidade da vida de Lull, é mais dificil de descobrir
Nasceu em 1235 em Maiorca e morreu em 1315.
Segundo se sabe foi  *Senescal em Maiorca num determinado periodo da sua vida possivelmente praticando a alquimia .
Os seus trabalhos alquimicos foram popularizados por  Sir George Ripley, que afirmou neles que Lull, transformou grandes quantidades de mercurio, estanho e chumbo, em ouro, para Eduardo III. de Inglaterra.

* Um senescal era um oficial das casas nobres durante a Idade Média .
 Aos senescais eram atribuídas responsabilidades adicionais como administração da justiça e altos comandos militares.
O termo é provavelmente de origem gótica

 Ramon Lull, é beato da Igreja Católica





























quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Camelot



As histórias mais antigas da Lenda Arturiana nunca se referem a Camelot, a suposta capital do reino de Artur. Aparece pela primeira vez no romance do século XII de Crètien de Troyers, Lancelot, e é retomada por Malory, que a torna coincidnte com Winchester fazendo dela a sede da Távola Redonda.
Há várias candidatas modernas para a localização da antiga Camelot - supondo-se que ela tenha existido . Uma é a cidade romana de Colchester que no latim original se chamava Camulodunum . Outra fica na área de Tintagel na Cornualha, conhecida como sendo o local de nascimento de Artur. O rio Camel passsa passa na zona e há lá também, a cidade  de Camelfort


Talvez a possibilidade mais forte seja a linha de trincheira da Idade de Ferro em Cadbury Hill sobre o vale de Avalon até Glastonbury.
John Leland. antiquário do século XV deixou escrito que os povos locais se referiam ao monte como «Camalat». A aldeia de Queen Camel fica perto... e foi outrora conhecida simplesmente como Camel. O rio Cam corre nos arredores .
Se os nomes dos locais querem dizer alguma coisa, então o local tem também a seu favor o  facto de o planalto no cimo da colina se chamar «Palácio do Rei Artur»além de existir também um «Poço do Rei Artur» dentro da trincheira.


Contudo as mais recentes teorias académicas, situam Camelot no Sul da Escócia, com a famosa Távola Redonda, relegada para uma tradução incorrecta do termo gaélico escocês que significa, «uma construção circular coberta de pedra polida» Tais construções eram populares como jazigo de ossos de  santos em todo o Império Romano e no Médio Oriente.
 Está referenciado  que o Artur original lutando numa das primeiras cruzadas se envolveu num culto religioso de Maria Madalena, que levou para Inglaterra ao regressar.
 Fez com que o edificio circular fosse erigido como parte da sua prática religiosa, e tornou-se coloquialmente conhecido como «Arthur's O'on » (O trono de Artur). O edificio manteve-se de pé até aos primeiroa anos de 1800 , quando foi demolido por um proprietário de terras local, que utilizou as pedras, para construir uma barragem. . No entanto e no mesmo local foi construído mais tarde uma réplica a partir dos projectos originais.

Lenda Arturiana


                                                            
O verdadeiro rei Artur se é que realmente existiu, foi provavelmente um chefe de guerra de britãnicos romanizados que lutavam contra os saxões cerca do ano de 450 .Porém a importãncia de Artur nunca foi a sua realidade histórica, mas antes o seu poder como mito .
Na lenda celta Artur era um um herói hercúleo que matou o Gato Demoníaco de Losanne, atirou com o javali Twch Trwyth para o mar e até devastou a Terra dos Mortos para roubar o caldeirão mágico de Annwyn, do qual só os bravos e sinceros podiam comer.


O Artur que nos é familiar data de 1135 com a publicação da História dos Reis da Grã Bretanha de Geofrey de Monmouth.


Parece que Geofrey inventou o pai de Artur, Uther Pendragon ao traduzir mal a frase galeza  Arthur mab Uthr como «Artur filho de Uther» que na realidade quer dizer (Artur o Terrível). A partir daí procedeu à criação de uma história da vida de Uther que faria jus ao mestre Tolkien.


A narrativa de Geofrey diz-nos que Uther, tendo-se enamorado de Igerna mulher do duque da Cornualha comandou um exército contra o marido dela em Tintagel . No decorrer da acção, Uther pediu ao mágico Merlin que lhe desse a aparência fisica exata do duque Logo que Merlin o transformou, Uther no seu disfarce mágico, entrou no Castelo de Tintagel, apresentou-se no quarto de Igerna e, assim a confusa mulher concebeu um filho que se havia de tornar no grande rei Artur.


                                             Uther Pendragon


Quinze anos mais tarde Pendragon morreu e foi sepultado em Sthonenge .O jovem Artur foi coroado rei em Silchester e dedicou o seu tempo a guerrear com os saxões. Subjugou os escocesses,  casou com Guinevere, conquistou a Irlanda a Noruega a Dinamarca e com alguma dificuldade a França .
Conseguiu mesmo pôr em fuga um exército romano com  40 mil homens e preparava-se para marchar sobre Roma, quando uma traição no seu país o forçou a regressar à Grã-Bretanha.
O traidor, Mordred, foi derrotado numa grande batalha, mas Artur ficou gravemente ferido e teve de ser levado para a ilha de Avalon, para se curar. Aí entregou a coroa ao seu parente Constantino.


Muitos elementos deste relato são familiares aos leitores de A morte do rei Artur. de Sir Thomas Malory, onde a lenda arturiana atinge  seu auge e a melhor expressão . Malory serviu-se de fontes francesas para elaborar o conceito de cavalheirismo dos cavaleiros e inventou a Távola Redonda, à qual os melhores cavaleiros de Artur se sentavam como iguais.
Na época em que Malory escreveu o seu grande romance no século XV, os aspectos místicos, mágicos e sobrenaturais  da lenda arturiana tinham-se multiplicado e a demanda do Santo Graal tornara-se num ponto central. Malory, identificou a ilha de Avalon como Glastonbury, onde em 1191 monges afirmaram, terem encontrado ocaixão de carvalho de Artur e Guinevere. ( A mesma identificação foi feita no romance esotérico moderno As Brumas de Avalon, com a interessante sugestão da sua autora, Marion Zimmer Bradley, de que a ilha de facto existiu, num plano diferente e era habitada por sacerdotisas do antigo matriarcado pré-cristão)


Um aspecto persistente da lenda arturiana afirma que no epitáfio do tumulo de Artur se lê, Hic jacet Arthurus, rex quandam rexque futurus  - « Aqui jaz Artur, o rei do passado e do futuro» Esta citação mais do que tudo, tornou-se fundamental na crença e ainda corrente nos dias de hoje de que Artur regressará, para devolver de novo a glória à Grã Bretanha.


Dado que o poder de qualquer lenda deriva da sua capacidade de influenciar a mente humana não é totalmente  surpreendente descobrirem-se mitos arturianos - e em particular o ciclo do Graal - misturados nas modernas práticas esótéricas.



Avalon


Uma das mais antigas visões do Paraíso, a Avalon das lendas celtas, localizava-se supostamente numa ilha de macieiras no extremo ocidente.Segundo historiadores foi a ilha onde o rei Artur morreu quando aí foi levado para ser tratado, depois de ter sido ferido na sua última batalha .
No seu livro As Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley descreve Avalon como uma ilha que existe essencialmente noutra dimensão da realidade .
Retrata a antiga tradição de que quem lá reinava era Morgana a raínha das fadas.
Há quem diga  que Avalon ou fica perto ou é até Glastonbury.




Glastonbury é uma pequena cidade do Condado de Somerset, na Inglaterra, situada 50 km ao sul de Bristol.

Poemas inconjuros

  A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...