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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ausência



red black  rose    O íntimo fresco do teu adeus   Despertar o coração magoado   que a tristeza distancia,  é como calcetar as nuvens para nos sentirmos mais seguros.   E quando as estrelas silenciam as luzes,   nós nos perdemos no escuro do céu,   e único ponto de referencia,  é saudade cristalina do olhar teu        Clarissemalha (Poesia portuguesa):
Desde que, por não te ver,
Vejo-te em tudo... noite escura,
Resta-me só a ventura
De duvidar em dizer: — Qual mais custa: se a tristeza
De um adeus amargurado,
Se a dura e firme certeza
De estar penando a teu lado


Manuel da Silva Gaio (Coimbra, 6 de Maio de 1860 — Coimbra, 11 de Fevereiro de 1934) foi um poeta, teorizador e ensaísta português.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Rosas Santas

Raínha Santa:


Em terras de Portugal, uma princesa reinava,
A quem o povo leal, luz dos seus olhos chamava.


À vista só do seu manto, por onde quer que passasse,
 corava a todos a face,
secava a todos o pranto.


Ora uma vez que a princesa, por minha ponte seguia,
 como eu, num fio morria, doeu-lhe a minha pobreza.


E logo seu manto abriu, donde tombaram mãos cheias de rosas,
com que cobriu estas enxutas areias.


E quando a noite chegou, temendo vê-las murchar,
a Lua, mal despontou, pôs-se a chorar, a chorar,


que a chuva que entáo choveu, da Lua vinha por certo,
pois nuvens, não as vi eu, e o céu,
era um céu aberto..


E minhas águas cresceram, e minhas águas levaram,
rosas, que os campos encheram, rosas que o mar perfumaram.


Manuel da Silva Gaio (Versos escolhidos (século XX)

Livro do 1º ano do liceu 1952

Poemas inconjuros

  A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...