Meu país desgraçado!…
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas…
Meu país desgraçado!…
Porque fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Povo anémico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!
Sebastião da Gama
Mostrar mensagens com a etiqueta Sebastião da Gama. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sebastião da Gama. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
quarta-feira, 27 de abril de 2016
A minha história
A tua, meu Amor,
É bem mais simples ainda:
"Era uma vez uma flor.
Nasceu à beira de um Poeta..."
Vês como é simples e linda?
(O resto conto depois;
Mas tão a sós, tão de manso,
Que só escutemos os dois.
╰⊰✿•*¨✿•*⊱╮
Sebastião da Gama (Vila Nova de Azeitão, Setúbal, 10/4/1924 - Lisboa, 7/2/1952)
Poeta e professor de Português, colaborador das Revistas: Árvore e Távola Redonda, fundador da Liga para a Protecção da Natureza (1948), licenciado em Filologia Românica.
É bem mais simples ainda:
"Era uma vez uma flor.
Nasceu à beira de um Poeta..."
Vês como é simples e linda?
(O resto conto depois;
Mas tão a sós, tão de manso,
Que só escutemos os dois.
╰⊰✿•*¨✿•*⊱╮
Sebastião da Gama (Vila Nova de Azeitão, Setúbal, 10/4/1924 - Lisboa, 7/2/1952)
Poeta e professor de Português, colaborador das Revistas: Árvore e Távola Redonda, fundador da Liga para a Protecção da Natureza (1948), licenciado em Filologia Românica.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Poemas inconjuros
A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...
-
Quando a minha alma estende o olhar ansioso Por esse mundo a que inda não pertenço. Das vagas ondas desse mar imenso Destaca-se-me um v...
-
A última frase escrita de Fernando Pessoa Morreu no dia seguinte a 30 de Novembro de 1935 com 46 anos vítima de cirrose hepática pr...
-
A rua é a do Almada, e a pintura dentro de uma Galeria mais diria Estudio de artista, excepcional. Estive não sei quanto tempo parada ...