Há pouco menos de um século, a cerrada selva do Gabão foi cenário de uma insólita história de amor.
O seu protagonista, um jovem alsaciano que mais tarde chegaria a ser conhecido mundialmente.
O seu nome: Abert Schweitzer.
Filósofo intelectual, catedrático de teologia, médico e provávelmente, o melhor intérprete das obras de Bach, um dia decidiu deixar um mundo que lhe prometia tudo e ir para a selva do Gabão, acompanhado pela mulher Elena Brasslau .
Os horrores descritos pelos seus colegas e amigos sobre os deserdados de África, motivaram o casal a viajar até Lambarené, nas margens do rio Ogooué, onde existia uma Missão.
Ali à força de pulso e vontade, Schweitzer ergueu um hospital, para dar ajuda e alívio aos nativos.
Pouco a pouco a fama do hospital de Lambarené do "doutor da selva" estendeu-se a todo o Gabão, até chegar à Europa e a sua fama apesar da sua humildade estendeu-se a todo o mundo, e o reconhecimento internacional - onde se incluiu o Prémio Nobel da Paz - multiplicou-se ano após ano .
Schweitzer tinha encontrado o seu caminho e um sentido para a sua vida naquele hospital que crescia de dia a dia dia, que anos depois da sua morte ainda mantém a herança do seu espirito altruista.
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Num continente em que havia uma enfermeira para três mil habitantes e um número de médicos ainda menor, o hospital é uma ilha de esperança para as sua gentes.
Hoje em dia, o Hospital Schweitzer em Lambaréné é um hospital com novas e modernas instalações que vieram dar relevo, à antiga casa dos Schweitzer e o povoado um local de culto e visitado por turistas de todo o mundo, onde é possível visitar o local, tal e qual como o casal o deixou, em homenagem a este grande homem que nas palavras de Einstein foi o «maior do nosso século»
Os restos mortais de Abert Schweitzer, repousam para sempre na pequena localidade de Lambaréné
Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.