quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
O leão moribundo
Achou-se um dia, o rei dos animais por doença ou velhice moribundo.
e, (há casos neste mundo, incríveis, mas reais)
Quem dantes mais solícito o servia, é que, às portas da morte o injuria!
Veio o cavalo, e deu-lhe uma patada!
Veio o lobo, ferrou-lhe uma dentada!
Veio o boi, arrumou-lhe uma marrada!
Ele, contudo, manso como um lago,
apenas lhes lançou um olhar vago...
Mas quando ouviu um zurro, e, olhando então deveras,
viu, aos pinotes vir correndo o burro...
ah, pressentindo a injúria, com mais horror que fúria
o forte doutras eras, rei dos bosques e feras,
em suma, o grande, o generoso, o forte,
arranca das entranhas um gemido, um rugido, um uivo, um urro,
que retumbou por vales e montanhas:
- »Antes a morte!»
A morte, a morte !
João de Deus (século XIX)
Ciprestes
-Árvore da família das Pináceassta esta árvore simboliza a união entre o céu e a terra. É desde sempre considerada uma árvore simbólica religiosa e também apelidada a Arvore da Vida pela longa vida e perene verdura.
O que se diz sobre ela:
Acredita-se que a cruz de Jesus tenha sido feita de cipreste. Os chineses acham que as nozes fazem bem ao fígado. É associada a funerais e, por extensão, a dor. A madeira repele os parasitas e por isso é boa para obras de arte e mobílias
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Salgueiro
Salgueiro, chorão, sinceiro, vime, vimeiro e salso são os nomes comuns das plantas do género Salix, na família Salicaceae. É um género com perto de 400 espécies distribuídas em climas temperados e frios.
Terão aparecido apenas na Era terciária. Inclui plantas de porte muito diverso desde arbustos e pequenas plantas rastejantes, até árvores de porte considerável, geralmente em solos úmidos. Nos parques e jardins, é muito comum o salgueiro-chorão (Salix x chrysocoma, Dode), árvore de ramos longos e pendentes que é um híbrido de salgueiro-branco (Salix alba, L.), muito comum na Europa, com uma espécie oriental (Salix babylonica, L.).
Em Portugal, além do salgueiro-branco, existem outras espécies de salgueiro nativas como o salgueiro-negro (Salix atrocinerea, Brot.).
De Paranhos e Quinta do Covelo -Porto
Canna amabilis
Origem América do Sul
Muito popular em África e Europa
É uma planta perene e é resistente ao frio e geada . Nas latitudes norte floresce de agosto a outubro, e as sementes amadurecem em outubro. As flores são hermafroditas
Alecrim
Arbusto muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas.
A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentado enquanto a superior é verde brilhante. As flores reúnem-se em espiguilhas terminais e são de cor azul ou esbranquiçada. O fruto é um aquênio. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.
Toda a planta exala um aroma forte e agradável.
Utilizada com fins culinários, medicinais e religiosos, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, pineno, cânfora e outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes, tônicas e estimulantes.
A sua flor é muito apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários, para influenciar o sabor do mel
Quinta do Covelo-Paranhos Porto
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Merlin
Arquétipo mágico britãnico, que outrora se pensava ter sido druída, mas que agora nos aparece mais, como uma criatura de ficção, embora com alguma base em factos.
Se de facto existiu um Merlin, parece ter sido um vidente bardo do século VI chamado Myrddin, que vivia na fronteira galesa de Cymric perto de Solway Firth.
Não é impossivel que o histórico Myrddin e o lendário Artur se tenham encontrado no seu tempo,e a acontecer efectivamente Merlin seria uma criança e Artur um ancião .
O mítico Merlin contudo combinando-se as duas tradições galesas, criadas primeiro, por Geofrey de Montmouth e embelezadas mais tarde por outros autores apresenta imagens diferentes.
Na sua forma mais desenvolvida a lenda descreve o nascimento de Merlin como resultante das forças do Inferno tentando realizar a concepção de uma criança satânica..
Possivelmente algo correu mal, e a mãe escolhida deu à luz um menino maravilhoso e um tanto ambíguo que insistiu em seguir o seu próprio caminho.
Enquanto recusava servir a Satã, o rapaz reteve poderes místicos substanciais, e ainda em criança era dado a profecias.
Com cinco anos de idade visitou a corte do rei Vortigern, e previu uma batalha entre os dragões vermelhos e brancos que levaria à morte do rei.
Anos mais tarde, usou a sua magia, para, a pedido do rei Aurélio, transportar a Dança dos Gigantes, (Stonhenge)
da Irlanda para a sua localização actual, na planície de Salisburia.
Ajudou o rei seguinte Uther Pendragon na transformação da sua aparência na do marido de Lady Igerna, e dessa maneira a seduziu e como resultado o nascimento de Artur.
Merlin desempenhou um papel importante na educação do jovem, Artur. Foi ele que providenciou para que tivesse a espada Excalibur, que Artur arrancou de uma pedra para fazer valer o seu direito ao trono.
Anos mais tarde, foi Merlin quem sugeriu que Artur usasse uma mesa de reuniões, redonda para que os cavaleiros não lutassem entre si por uma posição mais importante e foram os poderes proféticos de Merlin que ajudaram Artur a fundar o seu reino.
Por fim Merlin, acabou por encontrar a sua companheira mágica na feiticeira Nimué a (arquetípica Vivian La Fey) pela qual se apaixonou.
Ela venceu-o aparentemente com a ajuda de um dos seus feitiços e prendeu-o numa caverna, onde imortal, definha até hoje!
Desenhos de Gustave Doré
domingo, 17 de janeiro de 2016
Rosas Santas
Em terras de Portugal, uma princesa reinava,
A quem o povo leal, luz dos seus olhos chamava.
À vista só do seu manto, por onde quer que passasse,
corava a todos a face,
secava a todos o pranto.
Ora uma vez que a princesa, por minha ponte seguia,
como eu, num fio morria, doeu-lhe a minha pobreza.
E logo seu manto abriu, donde tombaram mãos cheias de rosas,
com que cobriu estas enxutas areias.
E quando a noite chegou, temendo vê-las murchar,
a Lua, mal despontou, pôs-se a chorar, a chorar,
que a chuva que entáo choveu, da Lua vinha por certo,
pois nuvens, não as vi eu, e o céu,
era um céu aberto..
E minhas águas cresceram, e minhas águas levaram,
rosas, que os campos encheram, rosas que o mar perfumaram.
Manuel da Silva Gaio (Versos escolhidos (século XX)
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Poemas inconjuros
A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...
-
Quando a minha alma estende o olhar ansioso Por esse mundo a que inda não pertenço. Das vagas ondas desse mar imenso Destaca-se-me um v...
-
A última frase escrita de Fernando Pessoa Morreu no dia seguinte a 30 de Novembro de 1935 com 46 anos vítima de cirrose hepática pr...
-
A rua é a do Almada, e a pintura dentro de uma Galeria mais diria Estudio de artista, excepcional. Estive não sei quanto tempo parada ...