segunda-feira, 12 de junho de 2017

Turner O pintor da luz


James Mallord William Turner nasceu em Covent Garden Inglaterra em 1775 e faleceu em 1851 Com escassos 27 anos de idade foi eleito membro efectivo da Academia Real de Londres e consagrado mestre da pintura arquitectónica e topográfica assim como das novas técnicas da aguarela, de que foi um dos pioneiros. Génio excêntrico e solitário, estimado dos amigos íntimos mas arredado do grande público. Turner foi a encarnação da paixão romântica pelas forças da natureza e pelo "sentimento" do mundo natural. * Os seus quadros transmitem uma emoção extrema e são considerados o ponto culminante do romantismo inglês.

 Através de uma pincelada rápida, que irá influenciar os impressionistas franceses, Turner mostrou-se apaixonado pelos fenómenos atmosféricos, pelas nuvens e céus crepusculares e pelos efeitos subtis de uma luz difusa filtrada pela neblina.Turner é também um dos maiores mestres da pintura de paisagem britânica aquarela. Ele é comummente conhecido como "o pintor da luz" e seu trabalho considerado como um prefácio romântico ao impressionismo Com 60 anos fez-se amarrar ao mastro de um navio durante uma tempestade.. Realizou um estudo óptico da cor e sempre sujeitou a sua técnica pictórica a experiências constantes e um constante aperfeiçoamento.

Com o tempo desenvolveu um estilo próprio de pintar. A sua vida foi inteiramente dedicada à pintura. Seu acervo é magnífico, com mais de 20.000 obras. Os temas que ilustravam efeitos de dramaticidade particularmente fascinavam-no. Pintou muito o mar, os rios, as cachoeiras e os abismos, pois eram belos e perigosos. O modo como Turner trata a água, o céu e a atmosfera, em geral afasta-o de todo o realismo natural e transforma-o no reflexo anímico da situação. As pinceladas soltas e difusas dão forma a um torvelinho de nuvens e ondas, a uma desesperança interior que se transmite à natureza, uma das características básicas do romantismo


  .Após meses desaparecido, foi descoberto doente e solitário, como sempre viveu, por uma sua empregada. Morreu em Chelsea em dezembro, de 1851. As suas obras mais importantes estão na National Gallery e na Tate Gallery, ambas em Londres.
Foi sepultado na catedral de Londres.
                        

sábado, 10 de junho de 2017

Os Lusíadas


Os Lusíadas, estão como na hora!
Três séculos e nada.
Nem uma  letra única apagada!
Porque a gente decora.

E nem os vermes comem,
Não traçam, não consomem,
Uma obra inspirada,
Suma-se o vulto, que a compôs, embora.

Os donos da Divindade
A beleza a verdade,
Essa glória de Deus, como do homem -
Raiam e ficam em plena aurora

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Maria

Quantas mágoa, quantas dores
Tendes vós aliviado,
Ó Mãe do Crucificado,
Refúgio dos pecadores!
Quem ouve os nossos clamores,
Quem acode a nossos gritos,
Senão vós, olhos benditos
Senhora da piedade !
Vós, chamada com verdade
Consolação dos aflitos!

domingo, 7 de maio de 2017

Minha Mãe

Quando a minha alma estende o olhar ansioso
Por esse mundo a que inda não pertenço.
Das vagas ondas desse mar imenso
Destaca-se-me um vulto mais formoso:

É minha santa mãe! berço mimoso
Donde na minha infância, andei suspenso :
É minha santa mãe, que vejo e penso;
Verei sempre, se Deus é piedoso.

Como línguas de fogo que se atraem,
Avidamente os braços despedimos
Um para o outro, mas os braços caem...

Porque é então, que olhamos e medimos
A imensa distância donde saem
Os ais da saudade que sentimos !

João de Deus
(Campo de Flores)

quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Rosário

O Santo Rosário é uma prática religiosa de devoção mariana muito difundida entre os católicos romanos, que o rezam tanto pública quanto individualmente





Embora geralmente associado aos cristãos ocidentais e especificamente à prática católica romana, o colar de contas conhecido por rosário é encontrado em várias religiões, onde é usado como auxiliar para a meditação e a oração .


Um rosário pode ser usado como guia oportuno para o número de vezes que uma acção ritual ou oração pode ou (deve) ser repetida, e no catolicismo quase que só tem essa função. Os rosários orientais, contudo, têm muitas vezes contas de formas e cores diferentes, cada uma delas com significados simbólicos próprios.








No seu livro O Cordão Sagrado das Meditações a escritora (a) Dolores Ashcroft-Nowicki, descreve um sistema de preces que se acredita remontar ao continente desaparecido da Atlântida.




Embora tenha sido educada na religião católica (mas não sendo praticante) nunca soube rezar o Terço, assim se diz em Portugal, mas sempre admirei a facilidade com que as pessoas na sua fé, contam, conta a conta, as contas do rosário...!




(a) Dolores Ashcroft-Nowicki é uma escritora esotérica, ocultista e cabalista britânica e  ocupa o cargo de Diretora de Estudos da escola de ocultismo Servos da Luz.

domingo, 23 de abril de 2017

Sempre

Nem te vejo por entre a gelosia;
Nunca no teu olhar o meu repoisa
Nunca te posso ver, e todavia
Eu não vejo outra coisa!


João de Deus
«Campo de Flores»

Imagem: Jardins da Ordem dos Médicos - Arca d'Agua - Porto

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Dona Inês de Castro

Dos ricos paços de Coimbra
Nobre infante se partia,
Com seus pajens e criados
Para real montaria;
Vai em ginete formoso,
Que encantava quem o via;
Leva seu açor em punho
Falcoeiro a quem cumpria.
Da mui bela Dona Inês
Com amor se despedia

Mal sabia seu esposo
Que nunca mais a veria!
Embuçado no seu manto
O belo rosto cobria
Para não verem o pranto
Que dos seus olhos corria.
No seu ginete alazão,
Ó que saudoso que ia!

- Onde vais, senhor infante?
Mal haja tal montaria !
Mau fado senhor Dom Pedro
Te traz essa romaria;
Volta depressa a teus paços
 Que matam tua alegria.

Mas em vão! Que seu fadário
Destinado assim o havia!
Ficou sozinha a esposa
Tão exposta a tirania.
A sua voz maviosa
Toda a noite se ouvia,
Cantando suas saudades
Com mui triste melodia.
No bandolim abraçada
Ó que tão doce tangia !
Seu cantar mui lastimoso
Neste sentido dizia:

« meu Infante meu senhor,
Que me deste a régia mão,
Escuta, de onde estás,
Da tua Inês a  canção.
Já não podem meus suspiros
Chegar ao teu coração;
Repitam montes e vales
Da tua Inês a canção.

Os meus olhos tão quebrados
Sangue choram, que al não!
Sabem de cor estes vales,
Da tua Inês a canção.

Teófilo Braga (sécs XlX -XX)
Romanceiro Geral Português

Poemas inconjuros

  A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...