segunda-feira, 20 de junho de 2016
O paraíso dos Bosquímanos (II)
Os Bosquímanos, indígenas primitivos que habitam as orlas do deserto do Calaári, na África do Sul, um povo pobre, segundo os padrões de vida mundiais, conhecem segundo a lenda, um oásis secreto oculto entre as dunas escaldantes deste deserto, cujo solo está juncado de um número imenso de enormes diamantes.
Conta-se que apenas um homem branco, um soldado que se perdeu da sua patrulha, no deserto, foi dado contemplar esse fabuloso, oásis.
Capturado e conduzido ao local pelos Bosquímanos, o soldado conseguiu fugir e obter fundos que lhe permitiriam financiar uma expedição que faria a sua fortuna.
Foi encontrado morto, semanas mais tarde, com o coração trespassado por uma seta de bosquímano.
Na sua algibeira encontravam-se um mapa assinalando o caminho para o local onde se ocultava o tesouro e vários diamantes em bruto. Ninguém ainda conseguiu decifrar o mapa, pelo que o oásis diamantífero continua à espera de ser descoberto
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Amor eterno
Podrá nublarse el sol eternamente;
Podrá secarse en un instante el mar;
Podrá romperse el eje de la tierra ...
Como un débil cristal.
¡todo sucederá! Podrá la muerte
Cubrirme con su fúnebre crespón;
Pero jamás en mí podrá apagarse
La llama de tu amor.
╔══╗
╚╗╔╝
╔╝(¯`v´¯)
╚══`.¸.Gustav Adolf Becker
(Gustavo Adolfo Domínguez Bastida; Sevilla, 1836 - Madrid, 1870) Poeta español.
terça-feira, 7 de junho de 2016
A caça ao antílope
Quando qualquer tribo resolve dar batalha aos antílopes que povoam as florestas, informa-se primeiro, das posições em que estes ùltimamente se encontraram, quais os caminhos que trilham e os pontos enfim, onde com frequência bebem água.
Combinado o dia da caçada, reúnem-se todos os homens da senzala em ponto não muito distante daquele onde se supõe estarem os animais, fazendo-se acompanhar dos seus rafeiros meio selvagens, com mais aspecto de chacais do que de animais domésticos, focinho ponteagudo, pêlo ouriçado, muito magros e por eles exclusivamente ensinados para tal fim.
A inteligência dos aborígenes consiste no conhecimento perfeito dos hábitos destes animais, e do partido que sabem tirar da sua incrível ligeireza corporal.
Armados de arcos, setas, zagaias, e com os competentes rafeiros, divide-se o troço de caçadores em duas fracções: uma a maior, passa para o lado do vento, largando seguidamente fogo ao mato, na extensão de alguns kilómetros; a outra espalha-se logo em semicírculo pela banda oposta a fim de tomar o passo a quantos bichos ameaçados pelas chamas, intentarem fugir pelos pontos não invadidos.
Começa então uma cena verdadeiramente interessante. Correm, saltam, apertam os pobres animais num círculo de ferro e fogo e, no meio de gritos latidos, urros e detonações, envolvem o campo de acção, entregando-se a completo delírio.
Estabelece-se a luta terrível. De uma parte, os antílopes aterrados com a vista das chamas próximas e ataques repetidos dos cães, defendem a sua existência a todo o transe; da outra, os indígenas no meio de toda esta confusão, desenvolvendo incrível actividade, vibram golpes em todos os sentidos.
... Ao cair da tarde, a atmosfera, assombrada pelo fumo da grande fogueira, reflete os pálidos clarões do último gigante da floresta, que arde; o crepúsculo, invadindo o vasto recinto esbraseado, deixa ver iluminadas, essas centenas de homens cobertos de cinzas e de sangue, intrépidos entre as derradeiras línguas de fogo, de armas em punho, derribando o inimigo, com certeiros golpes.
H. Capelo e Roberto Ivens (De Benguela às Terras d Iaca)
(retirado do meu livro de leitura do 1º. ano do ensino liceal 1952
Batuque
Há um preceito que todo o indígena cumpre; a dança.
Batuque que lhe conste , a léguas de distãncia que e se realize, longe que o fareje, ele aí vai, traje de gala - plumas de avestruz, de algrete, de outras aves, cobrindo-lhe a cabeça ; uma pele de animal selvagem envolvendo-lhe o tronco; anilhas pelos braços ; amuletos ao peito: rabos de boi pendendo-lhe dos braços e das pernas.
E o batuque vem a propósito de tudo: casamento, nascimento, morte; a propósito de um facto notável; a qualquer pretexto, ou até o que é mais simples, a pretexto algum.
Mas o fim do batuque não é como pode parecer , dançar: é beber ! Por isso a dança vai terminando naturalmente, por falta de gente, que ébria, vai ficando a dormir...
Fica bem definida a atracção, que todo o indígena tem para a dança - o batuque - , afirmando o que os europeus sintetizam nesta frase : -
« É preciso que um homem ou uma mulher, de qualquer idade que seja se ache impossibilidade de se mover, para resistir ao apelo do batuque».
Ainda que em alguns casos a música do batuque seja harmónica, na maioria das vezes, não o é. Pelo contrário, simples ruídos, constantemente repetidos horas e dias, marcam o compasso da dança. A letra é quase sempre sem significado, ou pouco a propósito.
Que ninguém julgue que o indigena de outras nações coloniais é mais civilizado que o da África Oriental Portuguesa ! Meio e natureza iguais produzem individuos iguais.
Apenas o trabalho dos Missionários, desprendidos do mundo, têm conseguido fazer do indígena esta coisa dificil - um homem.M.C. - África misteriosa - Moçambique 1952
(retirado do meu livro de leitura do 1º. ano do ensino liceal 1952
segunda-feira, 6 de junho de 2016
... era uma vez um Santo António
Ao deparar-me com tão insólito achado, primeiro pensei no lírios do campo,do Érico Veríssimo. Se calhar deu-lhe para os " olhar" ao aproximar-se o dia dele.
Depois pensei nos "insondáveis caminhos do Senhor"...e que aquele encontro poderia ser até premonitório, para mim.. Cruzes e fiz figas com os dedos.. (mal não faz e acalma pensamentos negativos... :) :)
Depois. ficou a interrogação... Que andaria este pobre de Cristo a fazer no meio dos lírios do campo, e com o menino ao colo??
...
Outras gentes outros costumes. Cestos com fruta, garrafas de espumante invariavelmente vazias, velas, pão, e até frangos mortos e colocados numa espécie de ritual...Já encontrei de tudo Hoje encontrei um Santo Antoninho e mais à frente encontrei bugigangas femininas colares de contas , chávenas com conteúdos estranhos e já ressequidos sacos com ervas esquisitas e sei lá que mais.
Que mais nos irá acontecer?
Pago para ver!!!
domingo, 29 de maio de 2016
«I know not what tomorrow will bring »
A última frase escrita de Fernando Pessoa
Morreu no dia seguinte a 30 de Novembro de 1935 com 46 anos vítima de cirrose hepática provocada pelo excesso de álcool ao longo vida. Nos últimos momentos de vida pede os óculos e clama pelos seus heterônimos.
De seguida escreve no idioma no qual foi educado, o inglês: “I know not what tomorrow will bring” (“Eu não sei o que o amanhã trará)
Não importa se a estação do ano muda...
Se o século vira, se o milénio é outro.
Se a idade aumenta...
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.
♥*¨*•. Fernando Pessoa *¨*•.¸¸♥
Não importa se a estação do ano muda...
Se o século vira, se o milénio é outro.
Se a idade aumenta...
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.
♥*¨*•. Fernando Pessoa *¨*•.¸¸♥
Gabriele Munter - expressionismo
Pintora e fotógrafa, e uma das poucas figuras femininas ligadas ao desenvolvimento do expressionismo alemão.
Estudante, colaboradora e namorada de Wassily Kandinsky , durante os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial. participou ativamente de vários movimentos de arte de Munique e Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul).
1898-1900 Passa dois anos nos Estados Unidos acompanhada pela a irmã.
1902 Frequenta as aulas de pintura de Kandinsky na escola do grupa Phalanx (Phalanx uma associação de artistas formada em Munique no período de 1901 a 1904, que se opunha ao conservadorismo que predominava na arte no início do Século XX. ) Os artistas Wassily Kandinsky, Rolf Niczky, Waldemar Hecker e Wilhelm Hüsgen foram os fundadores do grupo.
1903 - fica noiva de Kandinsky que ainda é casado.
1904 - 1906 Empreende viagens à Itália, França , Suiça, Holanda. e Tunísia juntamente com Kandinsky , com quem viaja também várias vezes à Russia.
1908 - Primeira estada em Murnau e um ano depois compra lá uma casa.
Em 1914 quando a guerra eclode viaja com Kandinsky para a Suiça.
Kandinsky continua a viagem em direcção à Rússia enquanto que Munter regressa a Murnau .
Em 1915 encontrou-se com Kandinsky, em Estocolmo . e em 1916 Kandinsky resolve acabar a relação com ela e separam-se definitivamente.
Em 1917 muda-se para Copenhaga e devido à separação de Kandinsky, não consegue realizar nenhum trabalho artistico durante anos.
Em 1920 regressa a Murnau e em 1927 recomeça a pintar e faz uma viajem até Paris.
E em 1945 tendo em seu poder um vasto número de obras próprias e de Kandinsky ofereçe-as à Stãdtische- Galerie in Lenbachhaus de Munique.
Morre em Murnau am Staffelsee, Alemanha, em Maio de 1962
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