quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Dente de leão...teu pai é careca...?! ㋡



O Dente-de-leão é uma planta medicinal, também conhecida como Amor-dos-homens, Taráxaco ou Quartilho, muito utilizada para tratar problemas nos rins e no fígado.
O seu nome científico é Taraxacum officinale e pode ser comprada em lojas de produtos naturais, e farmácias

dente de leão:
E em Portugal  esta brincadeira passa de geração para geração, as crianças conhecem a planta pela designação «o-teu-pai-é-careca?» É uma espécie  um jogo infantil que supostamente mostrará se o pai de outra criança, a quem se faz a pergunta, será careca ou não, depois de soprar os frutos desta planta que, ao serem levados pelo vento, deixam uma base semelhante a uma cabeça careca.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Dogones

Sendo um povo primitivo de camponeses,  muitos ainda habitam em cavernas - nas montanhas Hombori, no sul do Mali.

Como povo, são um mistério fascinante pois preservam no âmago secreto da sua religião informações precisas sobre o sistema estelar Sirius, impossivel de obter sem o auxilio de equipamento astronónico sofisticado e que só foi confirmado por astrónomos em 1970.
Os Dogones afirmam, que a informação lhes foi transmitida por visitantes extraterrestres do sistema Sirius.
A estrela a que os Dogones chamam Po Tolo, chama.se Sirius B nas modernas cartas astronómicas. Não é visivel a olho nu e não foi feito qualquer registo da sua existência pelo ocidentais, até em 1844 terem sido notadas irregularidades dos movimentos da mais visível estrela da constelação de Cão, Sirius A. Os cálculos sugeriam que esses movimentos podiam ser causados pela influência gravitacional de um segundo corpo estelar ainda não descoberto.
Em 1930 antropólogos franceses que trabalhavam em pesquisa de campo, foram pela primeira vez iniciados nos mistérios profundos da religião Dogone, e considerando a sua origem absolutamente espantosas.
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Os Dogones primitivos sabiam que os planetas orbitam em torno do Sol - e tinham calendários para o Sol, a Lua, Vénus e a estrela Sírius. Sabiam que Saturno tem anéis e Júpiter tem à sua volta quatro luas grandes.Mas este conhecimento astronómico tem pouca importancia quando comparada com a informação com a informação que têm de Sírius B.
Foram capazes de dizer aos antropólogos, que era o mais pequeno tipo de estrela, era de cor brancae extremamente pesada. Foram ainda capazes de dizer que a órbita de Sírius B é uma eclipse em torno de Sírius A,  que a estrela roda sobre o seu eixo e que a órbita tem um período de 50 anos.


Donde veio toda esta informação?


Foi trazida da própria Sírius dizem os Dogones por alienigenas anfíbios chamados oannes em veículos com a forma de ovo que caíram no Mar Vermelho. Os seres, que eram «metade peixe, metade homem» ensinaram à humanidade a astronomia a escrita, rudimentos de engenharia, e um sistema legal
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Imagens: https://pt.pinterest.com/

sábado, 20 de fevereiro de 2016

O Batuque

batuque:
Há um preceito que todo o indígena cumpre; a dança.
Batuque que lhe conste , a léguas de distãncia que e  se realize, longe que o fareje, ele aí vai, traje  de gala - plumas de avestruz, de algrete, de outras aves, cobrindo-lhe a cabeça ; uma pele de animal selvagem envolvendo-lhe o tronco; anilhas pelos braços ; amuletos ao peito: rabos de boi pendendo-lhe dos braços e das pernas.


E o batuque vem a propósito de tudo: casamento, nascimento, morte; a propósito de um facto notável; a qualquer pretexto, ou até o que é mais simples, a pretexto algum.
Mas o fim do batuque não é como pode parecer , dançar: é beber ! Por isso a dança vai terminando naturalmente,  por falta de gente, que  ébria, vai ficando a dormir...

Fica bem definida a atracção, que todo o indígena tem para a dança - o batuque - , afirmando o que os europeus sintetizam nesta frase : -
« É preciso que um homem ou uma mulher, de qualquer idade  que seja se ache impossibilidade de se mover, para resistir ao apelo do batuque».




Ainda que em alguns casos a música do batuque seja harmónica, na maioria das vezes, não o é. Pelo contrário, simples ruídos, constantemente repetidos horas e dias, marcam o compasso da dança. A letra é quase sempre sem significado, ou pouco a propósito.


Que ninguém julgue que o indigena de outras nações coloniais é mais civilizado que o da África Oriental Portuguesa ! Meio e natureza iguais produzem individuos iguais.
Apenas o trabalho dos Missionários, desprendidos do mundo, têm conseguido fazer do indígena esta coisa dificil - um homem.


M.C. - África misteriosa -  Moçambique 1952

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Sardinheiras- Pelargonium graveolens

Pelargonium graveolens
Apesar de  diferentes esta espécie apresenta uma característica comum - possuem folhas, frondosas e muito aromáticas e crescem em arbusto acima de um metro e meio,
Pelo menos é o que acontece com a minha que vive dentro de uma marquise envidraçada e com sol no verão durante a tarde.





Só por isso, Mãe


(Maternidade Almada Negreiros)


Mesmo que a noite esteja escura,
Ou por isso,
Quero acender a minha estrela.
Mesmo que o mar esteja morto,
Ou por isso,
Quero enfunar a minha vela.
Mesmo que a vida esteja nua,
Ou por isso,
Quero vestir-lhe o meu poema
Só porque tu existes,
Vale a pena!


Lopes Morgado (Areias de Vilar, Barcelos, 23/4/1938)
Sacerdote – Frei da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos - , professor, escritor, poeta, jornalista



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Contra a Trovoada



Santa Bárbara Virgem se vestiu e calçou,
pelo caminho do Senhor andou;
encontrou o Senhor, e o Senhor lhe perguntou:
- O Bárbara, tu onde vais?
- Ó Senhor, eu ao Céu vou
desmanchar a trovoada
que vós lá tendes armada.
- Pois vai, Barbara, e bota-a ao monte maninho,
onde não haja pão nem vinho,
nem abafo de menino,
nem raminho de oliveira,
nem pedrinha de sal,
nem coisa a que faça mal.


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 Do meu Livro do 1º ano do liceu 1952



domingo, 31 de janeiro de 2016

Aparências



Naquela imensa capoeira doirada, ao fundo do parque, as discussões não acabavam. A mais impertinente era sem duvida a galinhola, que, ao menor comentário, desatava num estridente,  - E eu que o diga!E eu que o diga!». Perto dela o pavão era, também insuportável. E os galos e os pombos e as galinhas não se ficavam atrás, em ruidoso falatório.


Certa manhã, uma galinha resolveu tomar o seu banho de terra solta. Estendida como morta, com uma pata no ar, parecia não dar fim aquela sua extravagante posição. Uma outra sorrateiramente aproximou-se para lhe dar a entender que deveria levantar-se, porque ela também sentia o direito de se envolver, refastelada no chão, na terra solta.


E deu-lhe três fortes bicadas.


- Mas que autoridade tens tu ? - perguntou, sentenciosa a primeira.
A segunda respondeu-lhe com mais três fortes bicadas.
- Pouco barulho! Haja decência! Se aqui há alguém que merece respeito, esse alguém sou eu simplesmente - articulou o pavão, abrindo a cauda maravilhosa.





Todos se calaram, dominados pela beleza aparente que o pavão orgulhoso lhes mostrara.


Nisto entra na capoeira, o dono com um amigo. Afagou a galinha que mais punha; elogiou as pombas e os pombos; e. quando olhou para o pavão, soltou este desabafo;

- Isto não me serve para nada; está aqui a encher.
- Mas as penas são de uma grande formosura, ! - respondeu o amigo.


-Pois sim!- acrescentou o dono - Não digo que sejam feias; contudo veja o que fica, se lhe tirarmos as penas!




António Tomás Botto Foi poeta, humorista, contista e dramaturgo português, um dos mais originais e polémicos do seu tempo

Poemas inconjuros

  A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias Cada coisa é o que é . E é difícil explicar a alguém quanto isso me...